Para que serve as letras embaralhadas de Captcha?
Você é uma pessoa de verdade? Navegando na web com certeza você já se
deparou com alguma pergunta como essa ao tentar inserir um comentário ou
cadastrar um login e senha em algum site. Embora a primeira vista a pergunta
pareça estúpida, sua proposta faz todo o sentido em se tratando de segurança.
Perguntas como essa são um exemplo de captcha. O
termo é um acrônimo para Completely Automated Public Turing Test to Tell
Computers and Humans Apart ou, numa tradução direta, teste de Turing público
completamente automatizado para diferenciação entre computadores e humanos.
E para que isso serve? Em linhas gerais, os
captcha servem como uma ferramenta auxiliar para evitar spams ou mensagens
disparadas por outros computadores ou robôs. A idéia é que a resposta os teste
de captcha seja de solução impossível para um computador permitindo, assim, que
somente seres humanos tenham acesso a determinados conteúdos ou possam enviar
informações.
Entendendo como
isso surgiu
Na década de 50 o matemático Allan Turing, em uma
publicação chamada “Computing Machinery and Intelligence”, propôs um teste que
tinha como objetivo identificar se um computador era inteligente ou não.
O método, que posteriormente ficou conhecido como Teste de Turing,
consiste em uma conversa entre dois seres humanos e um computador. Todos eles
são colocados em ambientes isolados. Se um mediador não conseguir identificar
qual dos três é o computador então se diz que o computador foi aprovado no
teste.
O sistema de captcha funciona como uma espécie de
teste de Turing reverso, ou seja, a própria máquina propõe uma questão que,
presumivelmente, somente um ser humano será capaz de responder corretamente. O
termo foi designado no início desta década, na Universidade de Carnegie-Mellon.
Aplicações com
captcha
Com o avanço da tecnologia é cada vez maior o
desafio dos programadores para criarem sistemas eficientes de captchas. Um
pergunta simples do tipo “você é uma pessoa de verdade” não se enquadra neste
quesito, uma vez que ela presume uma resposta simples com duas possibilidades
(sim ou não).
As captchas mais conhecidas são as imagens distorcidas de um código
alfanumérico. Embora pareça mais simples criar um resultado “visual” que,
certamente, será extremamente difícil para programadores quebrarem o seu código
específico, soluções que se baseiam apenas neste recurso acabam não sendo
consideradas eficientes em termos de acessibilidade.
Elas impedem que um usuário cego, por exemplo, tenha acesso a
determinado conteúdo ou mesmo pessoas com dificuldades de interpretação de textos.
Pessoas daltônicas podem também não conseguir visualizar conteúdos expressados
por diferenciação de cores, como o vermelho e o verde, por exemplo.
Outras medidas ineficientes, como criar uma série de captchas distintos
como barreiras, também têm caído em desuso. Embora um pouco mais seguras, elas
esbarram no desconforto para o usuário e, assim, novamente não são aprovadas
nos quesitos de acessibilidade.
Algumas soluções encontradas foram a inclusão de
uma opção em áudio, do mesmo código exibido, para que o usuário possa
identificá-lo. Embora os sistemas tenham se aperfeiçoado ao longo dos anos,
ainda não se chegou a uma forma ideal de identificação na web que não permita o
reconhecimento a partir de programas de computador.
Um CAPTCHA moderno. Ao invés de tentar
criar um fundo distorcido e níveis elevados de distorção do texto, este CAPTCHA
procura dificultar a segmentação adicionando uma linha angular.
Atualmente, o reCAPTCHA é
recomendado pelos criadores de CAPTCHA como a implementação oficial.
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